terça-feira, 31 de maio de 2011

deu que a manhã, assim adormecida
rendeu teu rosto enredado ao rio
e morri de frio, e morreria de vida,
esperando o rio embora.

a despedida disse-me, tu aparecida
e teu sorriso sóbrio, lendo sombrio
o teu sutil e secreto vício da vida--

a verdade é que te fingias esquecida
e um tropeço de tristeza a encobriu
de vazio, pedindo a próxima partida,
embarcando o rio embora.