mato, no teu dorso,
um mosquito que se alimenta
do que é meu
uma gota de sangue explode
mancha tua pele branca
em silêncio
(é noite, precisamos nos calar
mesmo a morte dele é muda
sua alma parte sem zumbir)
molho meu dedo
apago o vermelho da tua pele
e sem encostar em ti outra vez
fecho meus olhos
para assistir ao sonho em que te cozinho
inteira
com nada além
de um fiozinho de azeite.