sábado, 29 de novembro de 2025

minha voz eu atiro ao precipício
ela desce ao fundo do buraco
feito uma onda.
ela encontra, após andar muito,
um chão de flores mortas.
ela retorna a mim
como um eco
que não é mais meu,
pelo contrário:
o abismo tem a tua voz
e, como tu, pede que eu
pule.