segunda-feira, 27 de agosto de 2012

possuo-me de sono, passageiro
(pelos olhos cai-me ligeiro
o sono que colho dos teus)

intento ser o santo primeiro
um pedaço sem parte, inteiro
cosendo teus sonhos nos meus

e em tu' cama perder-me certeiro
naufragar teus lençóis, marinheiro
ser escombro pelos pés teus

pra acordar algum dia em janeiro
atirar-me a adentrar fevereiro
e juntar os teus anos aos meus

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