possuo-me de sono, passageiro
(pelos olhos cai-me ligeiro
o sono que colho dos teus)
intento ser o santo primeiro
um pedaço sem parte, inteiro
cosendo teus sonhos nos meus
e em tu' cama perder-me certeiro
naufragar teus lençóis, marinheiro
ser escombro pelos pés teus
pra acordar algum dia em janeiro
atirar-me a adentrar fevereiro
e juntar os teus anos aos meus
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