daqui os teus olhos vieram,
escavados da terra, pérolas
d'areia, das que cresceram,
também, entre ouro amarelo
do colar da tua vó. o papel
da pele é o mesmo, mas
tu desenhas-te, e ela, fiel
ao tempo, é frágil às chamas
dos dia. és o retrato vivo
do passado, pintura que pulsa
a possessão do que era altivo.
és as cinzas em carne avulsa,
o retorno do ontem esquivo
qu'o presente do peito expulsa
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