no peito ele a chama do fogo
o que o consome diz seu nome,
"o fogo", que crepita a carne
como quem pede um favor
permita-lhe arder como quieto
quase em segredo, é preciso
queimar com elegância:
a cabeça pensa o rosto vazio
bolsos na mão mãos em punhos
de lado assim caído à parede
um quem que não quer nada
fios fumegando da fina farsa
feito um feito incêndio de fato.
sobe o corpo ao céu em cinzas
aberto ele sorri às suas brasas
igual estrelas mas de combustível
os poemas os versos não escritos
fogo pálido fogo de pouco calor
assim em constelação na noite
é um nada, mas está à pago.
domingo, 5 de junho de 2022
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário