segunda-feira, 18 de outubro de 2010

eu, que te procuro, não te acho
nesse, nem em mais lugar algum;
nas minhas coisas de menino, te encaixo
com a mesma cor desbotando um
pingo de memória.

minhas rugas e tuas usuras
tem os mesmos tons de morte
lembro noite: me colas e me juras
e me mordo que, pela sorte,
também te queria.

hoje chove e o gato dorme
não te pensava já há dois anos
perdi de mim o teu costume
e não sofro mais pelos nossos planos
de amor e miséria.

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