(haikus fingindo poesia)
uma música
desconcertada
pela estrada
tira ritmo
da tua voz
após
(-na infância
uma concha
cantava o mar,
hoje sei que
é sangue
porque o mar
sou eu)
as folhas secas
sentem sono
no outono
mas no verão
sente sono
o coração
(-tuas unhas
tem carne
por debaixo,
em que meu mar
desemboca
por fluir)
e quando fogo
bateu porta
na casa torta
do nosso amor
o inverno
parecia eterno
(-o sal das
minhas águas
secam tua terra,
cativa peito
e julgamento
de solidão)
a primavera fez
grama amarela
pela janela
e num relance
nosso romance
fez céu azul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário