soneto da lembrança de uma tarde de mentira
ai esses mares de azuis verdes
reflexo procuro-te nas rosas
da mangueira em que perdes
a sã imaturidade das coisas
ai teu cantar junto ao Cartola
sorvendo os sempre estalos
que tumultuam som da vitrola
embolando música em novelos
ai a lã que rolava pela sala,
tu e eu bebendo coca-cola,
e sendo-nos tricotados juntos!
ai teu riso de água escura,
o doce da tua boca que jura,
fazendo mentira nossos assuntos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário