há um único último desejo:
cair nos teus braços
e adiar todo sono,
porque não há pressa
por sonhos quando a
realidade é mais funda
de se sentir na carne
dos teus lábios
e querer, querendo tanto,
o teu silêncio, e um canto
de noite que se sustente
frágil com'uma linha ínfima
que quase s'arrebenta
e se evapora -- mas não.
e nós duramos, cada vez
mais concretos contra toda
construção, e toda rotina
e todo progresso e toda
repentina catástrofe que
o mundo nos cometa
e entranhamos quietos
nossas superfícies, suamos
e nos cobrimos do frio,
e encerramos o mundo
que não foi convidado
para cair nos teus braços
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