és, assim tão tímida, vontade
no peito: dentro. tão sufocada,
não te veem os pés de poeira
a agitar-se, a sola suad'a cada
dança. pareces fria, mas ardes
sopro-vulcão pelas entranhas,
(querência primeira) uma ligeira
tempestade. e quem te estranha
não vê, olhos de sangue, como
te escondes, num corpo quedo,
tão jogado à rede, e horizontal
mas lá estás, quieta, um pomo,
vermelho-pecado, um segredo
que brota, um dia, um carnaval
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